OITAVO MANDAMENTO ‘Não apresentarás um falso testemunho contra teu próximo” (Ex 20,16 ).
O antigo testamento atesta: Deus é fonte de toda a verdade, Sua palavra é verdade. Uma vez que Deus é veraz (Rm 3,4), os membros do seu povo são chamados a viver na verdade.
“A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar”. O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: “Vóis sois do diabo, vosso pai... nele não há verdade: Quando ele mente, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8,44).
Embora a mentira, em si, não constitua senão um pecado venial, torna-se mortal quando fere gravemente as virtudes da justiça e da caridade.
O Oitavo Mandamento proíbe mentir ou falsificar a verdade nas relações com os outros. Deus é a Verdade; Jesus disse: “Eu Sou a Verdade” (Jo 14,6). E a vocação do povo santo é ser testemunha do seu Deus, que é a Verdade. Jesus chamou o Espírito Santo de “Espírito da Verdade” (Jo 14,17; 16,13) e deixou bem claro que o demônio é o “pai da mentira”,
Pecado venial: deixa subsistir a caridade, embora a ofenda e fira.
Pecado mortal: destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior.
Este pecado, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da reconciliação. (CIC 1854-1856)
A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.
O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.
A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3, 15). Assim, sem a Igreja, sem o ensino do Magistério da Igreja, não se conhece a verdade plena. Jesus, na última Ceia, garantiu que o Espírito Santo revelaria à Igreja “toda a verdade” (Jo 14, 25; 16,13).
A verdade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade e também da simulação, do fingimento e da hipocrisia. Por outro lado, São Paulo ensina que o cristão não deve “se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor” (2Tm 1,8) em atos e palavras. Muitos filhos da Igreja chegaram ao martírio, que é o supremo testemunho prestado à verdade da fé.
Este designa um testemunho que vai até a morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Enfrenta a morte num ato de fortaleza.
A Igreja ensina que não somos sempre obrigados a revelar a verdade; o que não se pode é mentir; uma regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede. Por exemplo, o sigilo sacramental é inviolável. “Os segredos profissionais devem ser guardados.
A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça; por isso os meios de comunicação devem ter moderação e disciplina e se pautar pela verdade. Não se pode acusar alguém de crime ou dolo sem provas concretas.
Jesus coloca a verdade como libertadora do homem e esta está na Sua Palavra: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).
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