Deus estabeleceu a humanidade sobre a família, e colocou os pais como os primeiros educadores dos filhos; por isso colocou este Mandamento: “Honra teu pai e tua mãe” (Dt 5,16; Mc 7,8).
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Ex 20,12).
Jesus cumpriu com perfeição este mandamento: “Era-lhes submisso” (Lc 2,51). São Paulo ensinou aos cristãos: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe”; este é o primeiro mandamento acompanhado de promessas: “para seres feliz e teres uma longa vida sobre a terra””(Ef 6,1-3). “Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, pois isso é agradável ao Senhor” (Cl 3,20).
O respeito do filho pelos pais se revela pela docilidade e pela obediência: “Meu filho, guarda os preceitos de teu pai, não rejeites a instrução de tua mãe… Quando caminhares, te guiarão; quando descansares, te guardarão; quando despertares, te falarão” (Pr 6,20-22).
Ensina a Igreja que “Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que Ele, para nosso bem, investiu de autoridade”. (CIC §2248) Fazendo eco a essas palavras o Papa João Paulo II, disse na Carta às Famílias: “Honra o teu pai e a tua mãe”, porque eles são para ti, em determinado sentido, os representantes do Senhor, aqueles que te deram a vida, que te introduziram na existência: numa estirpe, numa nação, numa cultura. Depois de Deus são eles os teus primeiros benfeitores…. E por isso: honra os teus pais! Há aqui uma certa analogia com o culto devido a Deus” (CF, 15).
Um aspecto importante na educação dos filhos é a “Bênção dos pais”. Diz o livro do Eclesiástico: “Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência a fim de que ele te dê a sua bênção”. Honrar é uma expressão muito forte, quer dizer “encher de honra”, de glória, de respeito… e tudo isto deve ser feito “por teus atos e tuas palavras”. Honrar quer dizer reconhecer a dignidade do pai e da mãe, e desinteressadamente amá-los.
A benção dos pais para os filhos não é mera formalidade social ou tradicional; mas é a benção do próprio Deus para os filhos “através” dos pais, por meio daqueles que lhe deram a vida.
A grande e honrosa tarefa que Deus reservou para os pais é a de gerar e educar os seus filhos. Digo ‘seus’, porque, antes dos filhos serem nossos, eles são de Deus (cf. CIC, 2222), já que só Deus pode dar de fato a vida. Nós somos seus cooperadores nesta tarefa sublime, mas sabemos que só Ele pode nos ‘tirar do nada’ e chamar para participar, como disse Paulo VI, do ‘banquete da vida’.
Os pais são colocados na vida dos filhos para conduzi-los à salvação mediante os conselhos, isto é, a orientação para a vida. O filho que desprezar esses conselhos corre o risco de se perder nos caminhos perigosos da vida. Muitos jovens se tornaram escravos dos vícios, da droga, do crime, da prostituição, e de tantos outros males, porque não ouviram os conselhos dos seus pais. Outros se perderam porque os seus pais não lhes deram esses conselhos, o que é mais grave; e outros se perderam porque não tiveram pais para aconselhá-los.
Eis uma realidade: os pais também têm defeitos. Mas Deus quer recompensar ricamente o filho que, com paciência, suporta esses defeitos e, assim mesmo, honra os pais. Se esses são difíceis, intolerantes, cheios de manias, maior será o mérito do filho diante de Deus, por ter honrado um pai ou uma mãe tão difícil. Deus sabe que há pais terríveis: alguns bêbados, outros drogados, outros criminosos, adúlteros, etc... mas, é por isso mesmo que ele oferece aos filhos essas três belas recompensas para aqueles que, na caridade e na paciência, por amor a Deus, os suportarem, mesmo com os seus defeitos:
[1] tua casa tornar-se-á próspera na justiça,
[2] lembrar-se-ão de ti no dia da aflição.
[3] teus pecados dissolver-se-ão como o gelo ao sol forte.
Para meditar: Eclesiástico 3,5-18.
O Papa João Paulo II chama a família de “Santuário da vida” (CF, 11)...
‘É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, ‘soberana’... Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história’. ‘Consciente de que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, a Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura vivê-lo fielmente...’
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